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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Empresa transforma poluição dos oceanos em embalagens plásticas

O sabonete líquido com embalagem feita a partir de lixo marinho
Os resíduos dos oceanos podem sim ser reciclados! Com boa vontade e criatividade todo o lixo pode se transformar em um novo produto. Já vimos aqui no EcoD os bancos feitos a partir dessa reutilização, e agora, recentemente, uma empresa de produtos de limpeza sustentável criou embalagens de sabonete líquido feitos de pedaços de plástico encontrados em praias havaianas.
Desde 2006, a empresa “Method” fabrica embalagens feitas com 100% de plástico reciclado, mas só em 2011, em parceria com a Envision Plastics, ela conseguiu criar um protótipo que provou que o lixo dos oceanos pode ser transformado em um recurso de produção utilitária. Em 2012 ela se prepara para lançar o produto no mercado.
Segundo o site Good, para a coleta dos materiais, os funcionários da empresa se uniram a voluntários, que juntos já recuperaram mais de 3.000 kg de lixo plástico.
Os resíduos marinhos atualmente compõem 10% da chamada Ocean Bottle (garrafa oceano). Os outros 90% ainda são de plástico reciclado. Os produtos estarão disponíveis nas lojas a partir do mês de novembro deste ano.
A ideia principal de utilizar o lixo dos oceanos não é apenas para limpar as águas, até porque, segundo os cientistas, não é tão fácil fazer isso, uma vez que a área é muito remota e o plástico está misturado em pedaços muito pequenos. O objetivo real é aumentar a conscientização sobre o problema da poluição, e sobre a importância de se utilizar o plástico que já existe no planeta.



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segunda-feira, 23 de abril de 2012

África tem reservas subterrâneas gigantes de água.


Cientistas dizem que o continente africano, conhecido pelo clima seco, tem enormes reservas subterrâneas de água.
No mais completo mapa já feito da escala e distribuição da água existente embaixo do deserto do Saara e em outras partes da África, os especialistas dizem que esses reservatórios subterrâneos poderiam fornecer água suficiente para o consumo e agricultura em todo o continente, mas admitem que o processo de extração pode ser complexo.
O trabalho, publicado na revista científica "Environmental Research Letters", diz ainda que muitos dos antigos aquíferos africanos foram preenchidos pela última vez 5 mil anos atrás.

ESCASSEZ

Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas na África não tenham acesso a água potável e a demanda deve aumentar consideravelmente nas próximas décadas, devido ao crescimento populacional e à necessidade de irrigação para plantações.
Rios e lagos estão sujeitos a enchentes e secas sazonais, que podem limitar a disponibilidade da água. Atualmente, apenas 5% das terras cultiváveis africanas são irrigadas.

Agora, os cientistas da British Geological Survey (BGS) e da University College London (UCL) esperam que o novo mapeamento chame atenção para o potencial dos reservatórios subterrâneos.
"As maiores reservas de água subterrâneas ficam no norte da África, em grandes bacias sedimentares, na Líbia, Argélia e Chade", diz Helen Bonsor, da BGS.
"A quantidade armazenada nessas bacias é equivalente a 75 metros de água sobre aquela área. É uma quantidade enorme."

ESTRATÉGIA

Devido a mudanças climáticas que transformaram o Saara em um deserto ao longo dos séculos, muitos dos aquíferos subterrâneos receberam água pela última vez há mais de 5 mil anos.
Os cientistas basearam suas análises em mapas de governos dos países africanos, assim como em 283 estudos de aquíferos.
Eles afirmam que muitas das nações que enfrentam escassez de água têm, na verdade, reservas consideráveis embaixo do solo.
No entanto, os pesquisadores alertam que a perfuração de poços tubulares profundos pode não ser a melhor maneira de extrair a água, já que poderiam esgotar a fonte rapidamente.
"Poços profundos não devem ser perfurados sem que haja um conhecimento detalhado das condições das reservas locais. Poços simples e bombas manuais, desenvolvidos de forma cuidadosa e nos locais certos, têm mais chance de ser bem-sucedidos", disse à BBC Alan McDonald, principal autor do estudo.
Helen Bonsor concorda que meios de extração mais lentos podem ser mais eficientes.
"Muitos aquíferos de baixo volume estão presentes na África subsaariana. No entanto, nosso trabalho mostra que com exploração e construção cuidadosas, há água subterrânea suficiente na África para fins de consumo e irrigação comunitária", diz ela, acrescentando que as reservas poderiam contrabalançar os problemas causados pela mudança climática.
"Mesmo nos menores aquíferos em áreas semi-áridas, com baixíssimo índice de chuvas, as reservas subterrâneas ainda durariam algo entre 20 e 70 anos", afirma Bonsor.
"Então, nos índices atuais de extração para consumo e irrigação em pequena escala, os reservatórios fornecem e continuarão a fornecer proteção contra as variações do clima."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1078847-africa-tem-reservas-subterraneas-gigantes-de-agua-dizem-cientistas.shtml

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