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sábado, 17 de outubro de 2009

WWF - Anuncios Ecológicos







Solo despues de que el último árbol sea cortado.
Solo despues de que el último río sea envenenado.
Solo despues de que el último pez sea apresado.
Solo entonces sabrás que el dinero no se puede comer.

Profecía india

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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Global Warming




...When You Feel It, Its Already Too Late...

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domingo, 11 de outubro de 2009

A solução está sob a terra


Por muito tempo considerada infinita e não valorável pela sua visível abundância, a água representa recurso natural de imprescindível utilidade para a humanidade, constituindo bem de valor econômico limitado na superfície terrestre, como recentemente reconhecido na doutrina jurídica ambiental comparada – dos 2,5% de água doce da Terra, 68,9% formam as calotas polares e geleiras, as quais são inacessíveis; 29,9% constituem as reservas de águas subterrâneas; em torno de 1% são, de fato, aproveitáveis.

A incessante busca da Humanidade por recursos naturais que possibilitassem a sua sobrevivência e desenvolvimento caracteriza o painel de constantes rivalidades entre as nações ao longo da história.

A apropriação desses bens continua sendo a principal fonte de tensão nas atuais relações internacionais, reforçada por outras causas de natureza ideológica ou cultural. Os conflitos territoriais podem se resumir, em várias situações, à tentativa de expandir ou confirmar a soberania estatal sobre determinados espaços em que se localizam valiosos recursos. É dentro desse contexto que se insere a questão da água.

Por muito tempo considerada infinita e não valorável pela sua visível abundância, a água representa recurso natural de imprescindível utilidade para a humanidade, constituindo bem de valor econômico limitado na superfície terrestre, como recentemente reconhecido na doutrina jurídica ambiental comparada – dos 2,5% de água doce da Terra, 68,9% formam as calotas polares e geleiras, as quais são inacessíveis; 29,9% constituem as reservas de águas subterrâneas; em torno de 1% são, de fato, aproveitáveis. Além de viabilizar a sobrevivência humana, a água proporciona dignidade à vida dos indivíduos através do atendimento das necessidades mais básicas como higiene e saneamento.

Essencial para a redução da pobreza e o desenvolvimento sustentável, a água tem sido o alvo de numerosas conferências e debates regionais, nacionais e internacionais focalizando uma enorme quantidade de temas relacionados com o assunto, basta mencionar as duas últimas acontecidas já no século atual: o Terceiro Fórum Mundial da Água, realizado em Kyoto, em Março de 2003 e a Cúpula da Água realizada em Johanesburgo em Agosto de 2002. De fato, não se pode conceber crescimento sem água.

O aumento da demanda, devido à expansão industrial e da agricultura e ao crescimento populacional, torna-se um grande problema quando aliado à degradação qualitativa dos mananciais e à contínua alteração do ciclo hidrológico por causa do desmatamento e da urbanização.

Tal fato agrava a tradicional situação de sua escassez em determinadas áreas do mundo, pois nunca deixaram de haver conflitos a respeito dos recursos hídricos – em maior ou menor escala – derivados das mentalidades antropocêntricas e patrimonialista imperantes.

As recentes tendências apontam que três áreas principais correm risco de sofrer severo estresse de água até o ano de 2025: o Oriente Médio, a Ásia do Sul e a África. Identificam-se, não por acaso, com as regiões de constantes conflitos bélicos ou de grave questão social. Na maioria dos países do Oriente Próximo, a demanda de água ultrapassa em grande medida o abastecimento renovável. Estes problemas, a escassez de recursos e certas formas de degradação ambiental, são fatores determinantes de desestabilidade política ou dos conflitos violentos em nível local, regional e interestatal. Os líderes das nações do Oriente Médio, tanto do passado como do presente, têm declarado que a água é o fator que mais provavelmente levaria seus países à guerra. Diversos estudiosos do assunto como Shlomi Dinar, professor da Universidade de Columbia e membro da filial estadunidense da Cruz Verde Internacional, analisaram exaustivamente o tema. No caso do Sul da Ásia, o principal problema é o aumento descontrolado da população, causando diminuição da relação entre oferta e procura dos recursos hídricos. No continente africano, pode-se constatar que a questão ambiental, mormente a desertificação, conduzida menos pela ignorância dos aborígines do que pela necessidade de sobrevivência, é sem dúvida razão que contribui com o estresse hídrico.

A crise da água, no entanto, ultrapassa os limites territoriais, pois a função ambiental desse recurso interfere nos processos em nível global. As águas estão em constante movimento (ciclo hidrológico), o que demonstra que o impacto de ações antrópicas localizadas têm ressonância mundial. Há aqüíferos subterrâneos que perpassam as fronteiras de vários países. Por isso, nenhum Estado pode se eximir da tarefa de garantir, através da conservação e preservação dos recursos hídricos, a qualidade de vida de seus povos e das futuras gerações.

Chegando ao ponto principal deste ensaio, qual será o papel do Brasil na atual questão da água?

É reconhecido internacionalmente que determinados países em desenvolvimento estão fazendo avanços construtivos em relação à gestão dos recursos da água. O gigante sul-americano é sem dúvida um dos expoentes da nova consciência ambiental (em comparação ao resto do mundo) motivado pela percepção de necessidade de preservação da vasta biodiversidade e da conservação dos “abundantes” recursos naturais (das águas doces, o Brasil detém aproximadamente 12% do total mundial, mas estes estão distribuídos de maneira bastante desigual. A Amazônia concentra 80% do total, enquanto o Nordeste é a região menos favorecida, sofrendo com secas perió dicas.). As realizações do Brasil no setor de água são significativas e isso tem o colocado como inovador e líder emergente nessa matéria.

Desse modo, como pode este país efetivamente assumir a liderança na defesa dos recursos hídricos e por que deve fazê-lo? As ações do Brasil devem servir de exemplo para outros países, em outras palavras, deve se encarar a atuação brasileira interna da proteção das águas como modelo a ser seguido. Não é preciso dizer que esse comprometimento, com certeza, melhora a imagem do Brasil no exterior, favorecendo sua inserção política. Outra maneira de atuação é através da formação de grupo de pressão, composto por outros expressivos países em desenvolvimento, engajados com a questão da água, contra as ações poluidoras de países desenvolvidos e de suas respectivas empresas transnacionais. É nesse contexto que o direito assume lugar primordial na condução dos avanços na conservação dos recursos hídricos. Isto é, pode o direito ser instrumentalizado a serviço da proteção das águas.

Neste âmbito de atuação, o Brasil tem um dos regimes jurídicos mais avançados do mundo. O moderno sistema jurídico de água envolve a implementação de normas internas de gestão e conservação considerando a água como bem ambiental, recurso natural limitado dotado de valor econômico, assegurando que sua gestão deva sempre proporcionar o uso múltiplo das águas, e estabelecendo a bacia hidrográfica como unidade territorial e a descentralização como tônica dominante para a concreção de Políticas Nacionais de Recursos Hídricos.

Compreende também normas de garantia da tutela civil (indenização por danos), penal (responsabilidade criminal) e administrativa (multas e concessões de outorgas) em matéria de águas. Além disso, necessita de formas de efetivação do direito fundamental à água, o que envolve prestações positivas por parte do Estado como ações de saneamento básico, provimento de água potável de qualidade e em quantidade suficiente e a segurança de que em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais.

O campo do Direito Internacional, por sua vez, não pode ficar defasado. O Brasil deve promover a conclusão de tratados multilaterais de combate à poluição hídrica e a efetivação da responsabilidade internacional dos Estados por danos causados.

Também compete ao Brasil a ampliação das normas ambientais comunitárias de modo a harmonizar a legislação dos países em integração no que se refere à gestão e proteção dos recursos hídricos. Por fim, a toda a nação brasileira cabe lutar pelo aperfeiçoamento dos instrumentos de implementação do direito humano à água.

Por Murilo Otávio Lubambo de Melo - Graduando em Direito pela UFPE, Monitor de Hermenêutica Jurídica Fonte: Eco 21 - www.eco21.com.br




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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ALGUMAS REFLEXÕES A RESPEITO DA ÁGUA


Todas as ações inerentes a recursos hídricos são de longo prazo e requerem tempo e recursos para serem implementadas.


• O Dia Mundial da Água de 2009 chegou numa cascata de advertências: o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática mostra que o clima no mundo está mudando - e para pior. O Aquecimento Global é uma realidade.


• A década de 70 foi marcada pelo despertar das preocupações ambientais. Até o início dos anos 80, as questões relacionadas ao uso múltiplo da água (geração de energia, transporte, lazer, abastecimento doméstico e industrial, coleta de esgoto, etc ) e seu manuseio não levaram em conta as conseqüências ambientais.


• Hoje não existe mais água no mundo do que havia há 21 séculos, quando a população era menor do que 3% do que é hoje. Se a água vai continuar tendo a mesma quantidade, é bom lembrar que a população continuará crescendo.


• O Brasil, no todo, é um país rico em água. Dispõe de 12% de água doce superficial do mundo, mas tem vivido uma ilusão de abundância a despeito das diferenças de da má distribuição pelo seu território.


• Mesmo nas regiões caracterizadas como de água abundante, a água está se tornando escassa por sua qualidade que deteriora. Essa é uma questão ambiental grave e do momento.


• Tem-se disseminado a contaminação tanto da água superficial como subterrânea. Por essa razão, para abastecer, por exemplo, a região metropolitana de São Paulo a água é buscada a mais de 150 km de distância.


• Foram grandes as agressões que os rios, riachos, córregos e arroios sofreram nos últimos anos. Os mais velhos podem se lembrar do rio de sua terra onde se podia tomar banho, pescar, ou simplesmente, desfrutar de sua beleza natural. Hoje a maioria deles não passa de um esgoto a céu aberto.


• Um dado bem moderno: a chuva, que é uma bênção, pode virar uma tragédia. É bom ver uma rua pavimentada e um grande estacionamento no shopping. Melhor do que ver é sentir esse conforto. Mas isso tem conseqüência: a pavimentação está diminuindo a capacidade de infiltração de água nos solos, provocando, na hora das chuvas, acúmulo muito rápido do escoamento das águas. Aí, então, fica superado a capacidade de condução de água daquele riacho que serve à nossa cidade. Agravado pelos lixo jogado nas ruas, nos bueiros e nas encostas, o resultado é certo: inundação, destruição de casas e mortes.


• A verdade é que para utilização de forma sustentável, a água não pode ser retirada de suas fontes ou contaminada com esgotos, dejetos industriais e lixo em velocidade maior ao que pode ser reabastecido pelo ciclo hidrológico (evaporação, precipitação, escoamento e infiltração) e de sua capacidade de regeneração.


• A natureza é sábia e magnânima. Ela sabe que precisa absorver resíduos. Mas tem seus limites. Só um lembrete: todas às vezes que lavar suas mãos e utilizar 1 litro de água são necessários 10 outros no riacho para restabelecer suas condições naturais.


• Se no passado recente a crise da água era um pouco mais silenciosa, hoje ela está em evidência. Ela incomoda cidadãos, líderes políticos, governantes, empresários e todos aqueles que tem responsabilidade nos dias de hoje e de amanhã.


• A lei brasileira é considerada uma das mais avançadas do mundo contemplando as questões básicas da sustentabilidade do uso da água. Mas não se pode fazer a gestão dos recursos hídricos independente da gestão do uso do solo e sem que os usuários participem do processo decisório quanto ao planejamento dos usos.


• Um outro dado importante: não se pode mais planejar um único uso sem considerar as múltiplas finalidades da água, como abastecimento, geração de energia, navegação, lazer, pesca, proteção ao ecossistema, etc.


• Sem regulação severa e sem educação ambiental quanto ao manejo efetivo sustentável, não há como promover ações de defesa dos recursos hídricos. Todas as ações inerentes a recursos hídricos são de longo prazo e requerem tempo e recursos para serem implementadas.



FONTE: Folha do Meio Ambiente - 20 de Marco de 2009 (http://www.folhadomeio.com.br/publix/fma/folha/2009/03/2agua197.html)


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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Água e Desenvolvimento: caminhando de mãos dadas



A importância da água não deve ser subestimada. Os problemas ambientais, a pobreza, a fome e as doenças poderiam ser combatidos diretamente e revertidos significativamente se a luta pelo acesso à água fosse considerada um alvo prioritário. Índices de mortalidade materna e infantil cairiam drasticamente.



Em Maio de 2004 uma reportagem publicada no The Economist a respeito do “Consenso de Copenhague” previa que investimentos de US$ 2 bilhões em água e saneamento na África Sub-Saariana gerariam US$ 16 bilhões em benefícios diversos para o Continente africano. Há muito tempo a Suécia sabe que a água é um excelente estimulador de diferentes tipos de desenvolvimento: econômico, social e, principalmente, do desenvolvimento ambiental.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU (ODM) e suas Metas são agora as peças principais da agenda para o desenvolvimento global. A água é uma das chaves para se combater a pobreza, a fome, as doenças, o analfabetismo, a deterioração ambiental e a desigualdade entre os sexos. Veja por quê.
A importância da água não deve ser subestimada. Os problemas ambientais, a pobreza, a fome e as doenças poderiam ser combatidos diretamente e revertidos significativamente se a luta pelo acesso à água fosse considerada um alvo prioritário. Índices de mortalidade materna e infantil cairiam drasticamente.
Outras questões também importantes, como a educação e a igualdade entre os sexos, se beneficiariam indiretamente ao melhorar o fornecimento de água potável e saneamento básico, objetivos identificados nos Objetivos do Milênio. Atualmente, 1.1 bilhão de pessoas sofrem pela falta de acesso à água potável; e 2.4 bilhões pela falta de sistemas de saneamento – trata-se do “maior escândalo dos últimos 50 anos”, segundo o Water Supply and Sanitation Collaborative Council (WSSCC). Hoje em dia, a realidade limita as perspectivas de desenvolvimento em geral e, principalmente, na área econômica.
A água é fundamental, por exemplo, para se alcançar três objetivos relacionados à saúde contidos nos ODM: reduzir em dois terços os índices de mortalidade entre as crianças abaixo de cinco anos; reduzir em três quartos os índices de mortalidade materna e iniciar o processo de reversão da AIDS, da malária e de outras doenças graves. Doenças de veiculação hídrica são as que mais matam crianças entre 1 e 3 anos de idade.
Melhorar a quantidade e a qualidade da água e do saneamento reduzirá diretamente a mortalidade infantil. De acordo com o WSSCC, mais da metade dos pobres dos países em desenvolvimento ficam doentes devido à precariedade de higiene, saneamento e abastecimento de água. Só as doenças diarréicas matam seis mil crianças por dia. Melhorar a nutrição e a segurança alimentar, para os quais o acesso à água é fundamental, reduzirá a suscetibilidade a várias doenças e produzirá um decréscimo nos índices de mortalidades materna e infantil. A malária, por exemplo, poderia ser reduzida com sucesso através da gestão hídrica, minimizando as áreas de risco dos hábitats onde proliferam os mosquitos.

Sustentabilidade ambiental

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio pretendem também aumentar a expectativa de vida dos moradores das favelas, para os quais a melhora dos serviços de fornecimento de água e saneamento é essencial. Os pobres das cidades sofrem pela pouca qualidade, pela deficiência e pelos altos custos desses serviços, e, além do mais, são obrigados a enfrentar longas filas quando e se há água disponível. Aliás, na maioria dos países em desenvolvimento apenas cerca de 1 a 2% das despesas do governo são destinados à água e saneamento. Segundo o WSSCC, mais dinheiro é despendido em serviços de alto custo para poucos do que em serviços de baixo custo para muitos. Para o abastecimento de água potável e acessível, melhor saneamento e a proteção da população contra alagamentos e poluição, serão necessários investimentos consideráveis e projetos de reformas: esses devem ser os pontos principais das melhorias para os pobres. Os ganhos nessa área devem ser vistos como significativos na erradicação da pobreza extrema, da fome, e das doenças por elas causadas.
Os avanços no que se refere à água também ajudam a atingir as Metas que visam criar a igualdade entre os sexos e a conseguir promover a educação fundamental em todo o mundo. Mulheres pobres em áreas urbanas e rurais são, quase sempre, os membros da família ou dos povoados que carregam a água, o que geralmente significa uma longa caminhada até a sua fonte. Com melhor abastecimento de água, as mulheres poderiam utilizar esse tempo em educação. Isso permitiria que as mulheres tivessem acesso à educação fundamental (que é uma das Metas), incitando o seu fortalecimento: a meta de igualdade entre os sexos seria, então, atingida. Estudos também mostram que há uma relação direta entre o acesso à água nos povoados e a capacidade que esses povoados têm de atrair professores e outros profissionais.
O cuidado com a água ajuda a garantir a sustentabilidade ambiental, isto é, de se reverter a perda de recursos ambientais. Reduzir à metade o número de pessoas sem acesso à água potável faz parte do Objetivo 10. Ecossistemas dependentes de água como charcos, mangues, recifes e estuários estão em deterioração, o que representa uma ameaça. Atividades com o propósito de estimular padrões de exploração mais sustentáveis e de melhorar a gestão da água, são fundamentais para se atingir essa Meta. Uma das soluções para que isso se torne viável é desenvolver a administração integrada dentro das bacias dos rios onde a gestão de ecossistemas sustentáveis consegue atenuar os impactos do rio a montante e a jusante.
A saúde, a produção de alimentos para diminuir a fome e a desnutrição, e as atividades produtivas através das quais as comunidades pobres consigam obter rendas: todas essas Metas têm como elo a água. O encadeamento entre as causas será criado nos locais em que as atividades que ajudem a atingir algumas metas originem problemas para se alcançar outras metas.
Portanto, é importante lembrar: alcançar várias metas também pode causar interesses conflitantes. A água é uma ligação entre todas as atividades que têm por objetivo atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, e usá-la como exemplo também pode realçar o quanto é importante que metas potencialmente conflitantes sejam bem administradas.
Diminuir a fome e a pobreza implica no aumento da produção de alimentos e num maior desenvolvimento econômico. Os efeitos colaterais podem atrapalhar a Meta de Água Potável Segura (em especial), através do aumento da poluição, e a Meta da Sustentabilidade Ambiental (em geral), através do esvaziamento dos rios e da poluição.
É essencial, portanto, definirmos sustentabilidade: O “que” isso significa e “por que” deve ser respeitada. Além disso, o estabelecimento de um critério mínimo relacionado com a água é fundamental para que o cumprimento de uma das Metas não impeça o sucesso de outra.

Criando parcerias para o desenvolvimento

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio também pretendem “criar uma parceria global pelo desenvolvimento”, um veículo importante para atingir outras 7 Metas. Parcerias no setor de água teriam um papel fundamental para atingir os objetivos relacionados à saúde, pobreza e meio ambiente, assim como na educação e na igualdade entre os sexos. Com água, o desenvolvimento da sustentabilidade das agriculturas locais (onde for possível) ajudaria a combater a fome e a pobreza e também a criar mercados locais; o saneamento seria implantado para vencer as doenças que se transmitem através da água e para minorar os índices de mortalidade. Proteger as bacias hidrográficas contribuiria para a sustentabilidade desse precioso recurso.
Para “criar uma parceria global pelo desenvolvimento”, será enfatizada a função dos novos acordos de assistência e comércio globais, o perdão da dívida externa e as estratégias de desenvolvimento. Esse foco nas parecerias globais requereria uma grande provisão de recursos hídricos e uma estrutura de gestão de recursos que visasse sua implementação local.
Pesquisas do Banco Mundial mostram que os subsídios à agricultura nos países ricos – que gira em torno de US$300 a 350 bilhões ao ano – afetam os preços mundiais, minando assim as exportações provenientes de países em desenvolvimento. O valor desses subsídios é maior do que o rendimento econômico total da África inteira. Os gastos com subsídios não representam nem um sexto dos gastos com a assistência ao desenvolvimento. Parcerias descentralizadas provêm respeito às culturas e aos costumes regionais, com o bônus adicional de, com as mesmas ferramentas usadas para o desenvolvimento, se estimula a educação e a economia local. Sem implementações locais, os países em desenvolvimento podem nunca se tornar independentes de tais parcerias. Consequentemente, os benefícios trazidos pelo desenvolvimento, como a educação e a geração de empregos, também serão tolhidos.
“Reduzir à metade, até 2015, a proporção de indivíduos sem acesso à água própria para o consumo e sem saneamento básico”, conhecido como 10º Objetivo, é um dos elementos fundamentais para se atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. É uma mistura entre o objetivo da água potável dos ODM e a Cúpula de Johanesburgo de 2002 sobre o saneamento.
Obviamente, também é crucial para o conceito de Integrated Water Resources Management (IWRM). A Cúpula de Johanesburgo também enfatizou o quanto é importante para os países a criação de “Planos de Ação” para o IWRM até 2005, pois viu que tais planos mostravam o caminho para se atingir os ODM. A água é crucial para todos os tipos de desenvolvimento social e econômico, assim como são para muitos dos processos da natureza, e é a peça básica para a saúde, a produção de alimentos, a sustentabilidade econômica e a melhoria da qualidade de vida.
A água é fundamental por três razões: os seres humanos a bebem, e sua potabilidade define a saúde de seus consumidores; a produção de alimentos e as atividades econômicas dependem dela; e, é finita e móvel, circulando constantemente entre o mar, a atmosfera e os continentes, num gigantesco e natural sistema de dessalinização: o ciclo global da água. Suas várias e diferentes funções na vida dos seres humanos a tornam um denominador comum dos ODM.

2005 – Hora de ação

O ano de 2005 é muito importante na luta contra a pobreza. Já quase se passaram cinco anos desde o acordo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, e muitos processos terão que ser iniciados agora, caso o objetivo seja mesmo cumpri-los. O foco precisa mudar dos problemas de segurança para as questões do desenvolvimento.
Neste mês de Março, o Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, relatará como foram os primeiros cinco anos. Outros relatórios importantes serão divulgados ao longo do ano. O Stockholm International Water Institute (SIWI) participará de vários processos importantes; entre outros, a 13ª Reunião da Comissão de Desenvolvimento Sustentável, em Abril de 2005, e, obviamente, organizará a Semana Mundial da Água, que acontecerá em Estocolmo entre os dias 21 e 27 de Agosto. O progresso que já está acontecendo também deve ser enfatizado em 2005, de modo a manter o ímpeto pelos ODM.
Várias iniciativas estão surgindo. Programas de implementação do Integrated Water Resources Management Plans estão a caminho num número crescente de países, assim como novas iniciativas para melhorar a água e o saneamento nas cidades. Estamos presenciando o nascimento de uma nova conscientização, tanto nos governos quanto entre os países doadores.
Em alguns países – cujos governos tiveram uma efetiva determinação na tomada de decisões – já há um avanço significativo em direção aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Em 2004, o SIWI produziu, em Estocolmo, junto com o Projeto Milênio da ONU, um resumo de seu Plano de Ação, intitulado Investindo no futuro: o Papel da Água para atingir os Objetivos do Milênio.
O Stockholm International Water Institute, nesse sentido, também continuará trabalhando para tornar mais conhecida a evidente conexão entre a água e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

por Anders Berntell Diretor-Executivo do Stockholm International Water Institute Fonte: Revista Eco 21, ano XV, Nº 101, março/2005.

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domingo, 16 de agosto de 2009

Expedição vai estudar gigantesca área de detritos plásticos no Oceano Pacífico


Um grupo de cientistas partiu em dois navios de São Francisco, nos EUA, em busca do que ambientalistas chamam de Ilha do Lixo. Trata-se de uma área de detritos no Oceano Pacífico, formada por mais de seis milhões de toneladas de plásticos. Esse bizarro exemplo da falta de educação humana flutua à deriva num ponto entre a costa da Califórnia e o Japão. A área é um local onde o oceano circula lentamente devido ao pouco vento e a sistemas de pressão extremamente alta que "seguram" a sujeira, criando o chamado Giro do Pacífico Norte (há outras quatro áreas de giro semelhantes no planeta). A expedição tem como objetivo recolher o material e estudar seu impacto na vida marinha.
O cemitério flutuante de lixo - que se espalha por 696 mil quilômetros quadrados, área equivalente aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo somados - foi descoberto em 1997 pelo velejador Charles Moore. Durante uma competição, ele ignorou alertas de não passar pela região, onde faltam ventos e correntes, e descobriu o lixo.
Moore encontrou pedaços de garrafas, sacos plásticos, seringas e uma variedade enorme de outros objetos de plástico em vários estados de degradação, já que, devido à ação do sol e dos ventos, o material se desintegrou em pequeno fragmentos.
Batizada de Projeto Kasei, a expedição - que deve durar um mês - vai tentar estudar a composição desta "sopa plástica" (outro apelido da "ilha"), o nível tóxico de seus componentes, seu efeito sobre a vida marinha e o seu papel na cadeia alimentar.

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

La FAO dice que su reto es llevar la tecnología del agua a los países pobres


Santander, 22 jul (EFE).- La Organización de Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación (FAO) considera que la escasez de agua, desde el punto de vista tecnológico, se puede resolver y el "reto" es trabajar para que esa tecnología esté a disposición de los países más pobres.




Así lo ha manifestado el representante de la Unidad de Agua de la (FAO), Julián Martínez, que junto al presidente de la Confederación Hidrográfica del Cantábrico, Jorge Marquínez, han presentado el encuentro "Agua y siglo XXI: un reto compartido" en la Universidad Internacional Menéndez Pelayo de Santander.

Este encuentro, que está promovido por el grupo de empresas públicas Tragsa, ha reunido a diferentes administraciones, técnicos y gerentes para abordar cuestiones como la creciente demanda del agua, su escasez y su relación con los territorios y el medio ambiente.

Julián Martínez ha señalado que el agua es "absolutamente imprescindible" para la producción agraria y, por tanto, para la lucha contra el hambre.

"Se necesita producir más y para ello el regadío es fundamental", ha añadido.

El representante de la FAO ha indicado también que los riesgos, tanto de escasez como de exceso de agua, van a verse incrementados por el cambio climático, sobre todo en los países pobres.

Sobre España, ha explicado que, en su opinión, debido a la mala distribución del agua de lluvia va a tener que "restringirse" las áreas de agricultura de secano a aquellos suelos que pueden retener bien el agua y se pueden defender bien de la sequía.

A su juicio, cree que va a tener que haber una reestructuración del uso de la tierra, "para que los recursos naturales se adapten mejor a esa situación".

Además, ha afirmado que el agua de nieve se va a "regular peor" y será necesaria mucha más regulación artificial a través de las aguas de embalses y acuíferos.

"Pero la tecnología y la gestión se conocen y lo que hay que tener es una voluntad de aplicarla", ha apostillado.

El presidente de la Confederación Hidrográfica del Cantábrico se ha referido a los sistemas de abastecimiento y ha asegurado que, aunque sigue habiendo pérdidas de agua, "en España se han mejorado y renovado muchas de estas redes".

Jorge Marquínez ha recordado que el mayor consumo de agua procede del sector agrícola y ha destacado que desde 2006 el Ministerio ha puesto en marcha un programa de renovación de las redes de regadíos con los que se está consiguiendo ahorrar de media 100 hectómetros cúbicos al año.

"Es cierto que tenemos pérdidas, que son consustanciales de los sistemas de abastecimiento, pero hay que combatirlas con energía y priorizando aquellos ámbitos de gestión donde el esfuerzo tenga más rentabilidad, como es el caso de los consumos agrícolas", ha dicho.


http://es.noticias.yahoo.com/9/20090722/tsc-la-fao-dice-que-su-reto-es-llevar-la-23e7ce8.html





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